terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ciea discute transversalidade para o programa Estadual de Educação Ambiental

Integrantes da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental da Bahia (Ciea) se reúnem nesta quinta-feira (18), a partir das 9h, para discutir um dos eixos estruturantes do Programa de Educação Ambiental do Estado (Pea/Ba) – a transversalização. O evento, que será realizado no auditório do Hotel Vila Velha, no Corredor da Vitória, contará com a presença de representantes do poder público, universidades, Ongs, sociedade civil e setor produtivo. 
O diretor de Educação Ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Ângelo Oliva, explica que o Programa de Educação Ambiental Pea-Ba apresenta quatro eixos estruturantes, entre eles a territorialidade, comunicação, transversalidade e avaliação. “Neste momento vamos nos debruçar sobre a transversalidade, buscando consolidar as sugestões para que o objetivo seja alcançado”, pontua.
 Como metodologia do encontro será realizada uma oficina, que visa recolher dos membros dos colegiados, sugestões para que a transversalização seja efetivada. Como facilitador do trabalho, o pesquisador, professor de Educação e Psicosociologia de Comunidades e Ecologia Social da UFRJ, Frederico Loureiro.
A coordenadora da secretaria executiva da Ciea, Soraya Midlej, explica que a discussão sobre a transversalização ultrapassa a ideia de ter um grupo de educação ambiental nos órgãos. Além disso, busca trazer o cidadão para a esfera de tomada de decisões. “O que se propõe é construir um acordo de como fazer a educação ambiental em conjunto e de forma coordenada”, destaca. 
Ângelo acrescenta que o assunto será retomado na próxima reunião da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental da Bahia, que será realizada nos dias 2 e 3 de dezembro. Na ocasião serão encerradas as questões a cerca deste tema e propostos os encaminhamentos.


ONU espera acordo climático limitado

Quase 200 países se reúnem a partir do final do mês no México para tentar definir a criação de um fundo ambiental para países pobres e de outras medidas que levem à adoção de um novo tratado climático mundial, em meio a alertas de que a falta de ação está elevando os custos do combate às mudanças no clima.
As expectativas de adoção desse tratado se frustraram na cúpula climática de Copenhague em 2009. Para a reunião deste ano as ambições também são menores.

"Os países perceberam desde Copenhague que não há uma grande solução", disse a chefe do Secretariado Climático da ONU, Christiana Figueres. "Precisamos levar esse processo um passo adiante. Tudo me diz que há um acordo a ser feito", disse ela, referindo-se à reunião de Cancún, entre 29 de novembro e 10 de dezembro.
Mas até mesmo a adoção de um acordo limitado será um grande desafio, após um ano de intensas divergências entre EUA e China, os dois maiores emissores mundiais de gases do efeito estufa.
A China e outros países em desenvolvimento alegam que as nações ricas deveriam realizar reduções mais incisivas nas suas emissões; os EUA e outras nações desenvolvidas afirmam que grandes economias emergentes também precisam arcar com responsabilidades.
"Que a China e os Estados Unidos estejam num impasse é um fracasso muito confortável para todos os envolvidos", comentou Shane Tomlinson, diretora de desenvolvimento do instituto E3G, em Londres.
MAIS CARO
Na semana passada, a AIE (Agência Internacional de Energia) disse em um relatório que o custo de uma ação firme contra o aquecimento global até 2030 subiu de US$ 17 trilhões para US$ 18 trilhões só por causa dos adiamentos nas decisões em 2010.
"Se ainda não houver acordo em Cancún e na África do Sul (sede da reunião climática da ONU em 2011), esse custo vai subir mais, e isso tornará ainda menos provável que algum dia tenhamos um acordo", disse Fatih Birol, economista-chefe da AIE.
"Será definitivamente um acréscimo da ordem de centenas de bilhões de dólares", afirmou ele à Reuters. Os custos, explicou, estariam relacionados à migração do uso de combustíveis fósseis para as energias "limpas", como a eólica e a solar.
O objetivo das negociações de Cancún é prorrogar e ampliar o Protocolo de Quioto, que expira em 2012. A atual versão do protocolo só exige cortes nas emissões dos países desenvolvidos, mas os EUA não participam.
Outro impasse entre países ricos e pobres diz respeito aos cerca de US$ 30 bilhões da ajuda climática imediata para as nações em desenvolvimento, um dos poucos resultados concretos do evento de Copenhague.
Países em desenvolvimento dizem que a ajuda já liberada é insuficiente, e que grande parte está apenas sendo remanejada de verbas anteriores, em vez de ser um auxílio "novo e adicional" como previa o documento de Copenhague.






fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/831221-onu-espera-acordo-climatico-limitado-cupula-no-mexico-comeca-no-dia-29.shtml

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Poluição e clima ameaçam ecossistemas marinhos, diz ONU

NAGOYA, Japão (Reuters) - Ecossistemas marinhos em todo o mundo estão correndo o risco de sofrer uma grande deterioração nas próximas décadas, pois os oceanos enfrentam crescentes ameaças da poluição, pesca predatória e mudanças climáticas, mostrou nesta terça-feira um relatório da ONU.


O relatório do Programa Ambiental da ONU, feito com base em estudos de 18 regiões, previu que a fertilidade nos oceanos vai cair em quase todas as regiões do planeta até 2050 e a indústria da pesca será dominada por espécies menores, localizadas mais na base da cadeia alimentar.

O relatório foi divulgado enquanto enviados de quase 200 países se reúnem para um encontro da ONU em Nagoya, no Japão, com o objetivo de proteger e restaurar ecossistemas como florestas, recifes de coral e oceanos, que sustentam pessoas e economias.

As temperaturas da superfície dos oceanos podem subir até 2100 se não forem tomadas providências para diminuir os impactos das mudanças climáticas, afetando recifes de coral e outros organismos marinhos, informou o relatório.

Outra ameaça é o continuo aumento de níveis de nitrogênio, que pode causar elevação na quantidade de algas e levar ao envenenamento de peixes e outros animais marinhos.

"Serviços multimilionários, inclusive a indústria da pesca, o controle climático e os que sustentam indústrias como o turismo estão sob risco se os impactos ao ambiente marinho continuarem incontrolados e sem diminuição", afirmou Achim Steiner, chefe do Programa Ambiental da ONU, em comunicado.

"Este relatório global, baseado em 18 relatórios regionais, ressalta que as ambições e ações precisam, neste momento, igualar a escala e a urgência do desafio."

Relatórios regionais esboçaram medidas que podem ser adotadas por políticos, com o estudo do Pacífico-Noroeste, que cobre China, Japão, Coreia do Sul e Rússia, pedindo maior controle da água de lastro dos navios e da quantidade de peixes.

A água de lastro dos navios pode ser prejudicial aos oceanos por transportar espécies marinhas invasivas para outras regiões, podendo causar um aumento na extinção da vida marinha nativa, informou o relatório global.



(Reportagem de Chisa Fujioka)


fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/reuters/2010/10/19/poluicao-e-clima-ameacam-ecossistemas-marinhos-diz-onu.jhtm