quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Quantidade de CO2 retirado da atmosfera por florestas está superestimada

A quantidade de carbono sequestrado pelas florestas, ou seja retirado da atmosfera, em todo o mundo está superestimada, diz pesquisa publicada na revista Science, desta sexta-feira (7). A taxa de fixação seria de 75% do valor previsto inicialmente.
O estudo liderado pelo sueco David Bastviken, da Universidade de Linkoping, analisou os fluxos de aproximadamente 500 ambientes aquáticos continentais. Rios, lagos e áreas inundadas são fontes substanciais de metano (CH4), um dos principais gases de efeito estufa (GEE) e causador do aquecimento global. O poder de absorção de radiação ultravioleta desse gás é cerca de 23 vezes maior que o dióxido de carbono (CO2).
Os pesquisadores concluíram que as emissões de metano por estes ambientes aquáticos podem representar até 25% do CO2eq absorvido naturalmente pelas florestas. (CO2 equivalente ou CO2e, é uma medida que expressa a quantidade de GEE como se todas as emissões fossem apenas de CO2, levando em conta o potencial de aquecimento global dos gases envolvidos).
Isso significa que é preciso levar em conta as emissões de CO2eq destas fontes naturais, o que faria com que a absorção de CO2 pelas florestas seja 75% do que era previsto, já que estas emissões não são normalmente contabilizadas.
E o que isso importa para o futuro? “Se diminuirmos o número de florestas, reduziremos também a quantidade de carbono a ser sequestrada. O aumento da área agrícola, em detrimento de florestas nativas como a Amazônica e o Cerrado, pode ter influência sobre lagos e rios e a emissão de metano nesses ambientes pode inclusive aumentar. Precisamos de estudos que nos permitam prever se isto ocorrerá ou não”, disse Alex Enrich-Prast, professor do Departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e um dos autores do estudo.
“Ao longo dos bilhões de anos de existência da Terra, sempre existiu um equilíbrio natural entre os ciclos biogeoquímicos com a produção e o consumo das várias moléculas de carbono, como CO2 e CH4. O ser humano, ao impactar e alterar nossas florestas, lagos, rios e mares entretanto, tem interferido nesse processo, alterando um equilíbrio que evolui há bilhões de anos e obviamente afeta a produção mais gases”.




FONTE: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/01/07/quantidade-de-co2-retirado-da-atmosfera-por-florestas-esta-superestimada-diz-pesquisa.jhtm

Greenpeace faz lista de produtos eletrônicos sustentáveis

21 fabricantes tiveram produtos avaliados em seis categorias diferentes

Por Gisele Eberspächer


ShareComenteEnvie por E-mailCompartilheImprimaTamanho do TextoCompartilhar/FavoritosGreenpeace faz lista de produtos eletrônicos sustentáveis21 fabricantes tiveram produtos avaliados em seis categorias diferentes Por Gisele Eberspächer às 13h48 de 07/01/2011O Greenpeace divulgou um estudo classificando quais são os produtos eletrônicos mais verdes do mercado para 2011.

21 fabricantes submeteram seus produtos com maiores premiações em responsabilidade ambiental, sendo divididos em seis categorias: desktops, notebooks, netbooks, monitores LCD, televisões LCD e plasma e aparelhos celulares.

O produto que conseguiu a melhor pontuação foi o monitor de computador da Asus, com 7,5 (numa escala de 1 a 10). Os parâmetros de avaliação são a existência de substâncias tóxicas em qualquer momento da produção, o consumo de energia e a durabilidade de material.


Pesquisa avaliou produtos de 21 fabricantes.

O nome dado à pesquisa é “Towards Green Eletronics – Getting greener, but not there yet”, ou “Rumo aos eletronicos verdes – cada vez mais verdes, mas não lá ainda”. Ela mostra a opinião da Ong em relação aos fabricantes: apesar de já tentarem mudar as tecnologias, ainda vão encontrar um longo caminho pela frente.

O destaque na categoria de televisões é o modelo LC-52SE1, da Sharp (6,46 pontos). Para os notebooks, a primeira colocação também é da Asus, com o modelo UL30A (5,59 pontos). A Acer é a responsável pela primeira posição entre os netbooks, com o modelo TM8172 (5,08 pontos). Já o desktop mais “verde” é da HP, com o Compaq 6005 Pro Ultraslim (6,06 pontos).

Para os celulares, o modelo GT-S75550, da Samsung, fica em primeiro lugar (7,03 pontos), enquanto o Aspen, da Sony Ericsson, é o primeiro entre os smartphones (6,21 pontos).

 
VEJA A LISTA COMPLETA NO LINK ABAIXO
http://www.greenpeace.org/international/Global/international/publications/toxics/2010/product-survey-3.pdf

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ciea discute transversalidade para o programa Estadual de Educação Ambiental

Integrantes da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental da Bahia (Ciea) se reúnem nesta quinta-feira (18), a partir das 9h, para discutir um dos eixos estruturantes do Programa de Educação Ambiental do Estado (Pea/Ba) – a transversalização. O evento, que será realizado no auditório do Hotel Vila Velha, no Corredor da Vitória, contará com a presença de representantes do poder público, universidades, Ongs, sociedade civil e setor produtivo. 
O diretor de Educação Ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Ângelo Oliva, explica que o Programa de Educação Ambiental Pea-Ba apresenta quatro eixos estruturantes, entre eles a territorialidade, comunicação, transversalidade e avaliação. “Neste momento vamos nos debruçar sobre a transversalidade, buscando consolidar as sugestões para que o objetivo seja alcançado”, pontua.
 Como metodologia do encontro será realizada uma oficina, que visa recolher dos membros dos colegiados, sugestões para que a transversalização seja efetivada. Como facilitador do trabalho, o pesquisador, professor de Educação e Psicosociologia de Comunidades e Ecologia Social da UFRJ, Frederico Loureiro.
A coordenadora da secretaria executiva da Ciea, Soraya Midlej, explica que a discussão sobre a transversalização ultrapassa a ideia de ter um grupo de educação ambiental nos órgãos. Além disso, busca trazer o cidadão para a esfera de tomada de decisões. “O que se propõe é construir um acordo de como fazer a educação ambiental em conjunto e de forma coordenada”, destaca. 
Ângelo acrescenta que o assunto será retomado na próxima reunião da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental da Bahia, que será realizada nos dias 2 e 3 de dezembro. Na ocasião serão encerradas as questões a cerca deste tema e propostos os encaminhamentos.


ONU espera acordo climático limitado

Quase 200 países se reúnem a partir do final do mês no México para tentar definir a criação de um fundo ambiental para países pobres e de outras medidas que levem à adoção de um novo tratado climático mundial, em meio a alertas de que a falta de ação está elevando os custos do combate às mudanças no clima.
As expectativas de adoção desse tratado se frustraram na cúpula climática de Copenhague em 2009. Para a reunião deste ano as ambições também são menores.

"Os países perceberam desde Copenhague que não há uma grande solução", disse a chefe do Secretariado Climático da ONU, Christiana Figueres. "Precisamos levar esse processo um passo adiante. Tudo me diz que há um acordo a ser feito", disse ela, referindo-se à reunião de Cancún, entre 29 de novembro e 10 de dezembro.
Mas até mesmo a adoção de um acordo limitado será um grande desafio, após um ano de intensas divergências entre EUA e China, os dois maiores emissores mundiais de gases do efeito estufa.
A China e outros países em desenvolvimento alegam que as nações ricas deveriam realizar reduções mais incisivas nas suas emissões; os EUA e outras nações desenvolvidas afirmam que grandes economias emergentes também precisam arcar com responsabilidades.
"Que a China e os Estados Unidos estejam num impasse é um fracasso muito confortável para todos os envolvidos", comentou Shane Tomlinson, diretora de desenvolvimento do instituto E3G, em Londres.
MAIS CARO
Na semana passada, a AIE (Agência Internacional de Energia) disse em um relatório que o custo de uma ação firme contra o aquecimento global até 2030 subiu de US$ 17 trilhões para US$ 18 trilhões só por causa dos adiamentos nas decisões em 2010.
"Se ainda não houver acordo em Cancún e na África do Sul (sede da reunião climática da ONU em 2011), esse custo vai subir mais, e isso tornará ainda menos provável que algum dia tenhamos um acordo", disse Fatih Birol, economista-chefe da AIE.
"Será definitivamente um acréscimo da ordem de centenas de bilhões de dólares", afirmou ele à Reuters. Os custos, explicou, estariam relacionados à migração do uso de combustíveis fósseis para as energias "limpas", como a eólica e a solar.
O objetivo das negociações de Cancún é prorrogar e ampliar o Protocolo de Quioto, que expira em 2012. A atual versão do protocolo só exige cortes nas emissões dos países desenvolvidos, mas os EUA não participam.
Outro impasse entre países ricos e pobres diz respeito aos cerca de US$ 30 bilhões da ajuda climática imediata para as nações em desenvolvimento, um dos poucos resultados concretos do evento de Copenhague.
Países em desenvolvimento dizem que a ajuda já liberada é insuficiente, e que grande parte está apenas sendo remanejada de verbas anteriores, em vez de ser um auxílio "novo e adicional" como previa o documento de Copenhague.






fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/831221-onu-espera-acordo-climatico-limitado-cupula-no-mexico-comeca-no-dia-29.shtml

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Poluição e clima ameaçam ecossistemas marinhos, diz ONU

NAGOYA, Japão (Reuters) - Ecossistemas marinhos em todo o mundo estão correndo o risco de sofrer uma grande deterioração nas próximas décadas, pois os oceanos enfrentam crescentes ameaças da poluição, pesca predatória e mudanças climáticas, mostrou nesta terça-feira um relatório da ONU.


O relatório do Programa Ambiental da ONU, feito com base em estudos de 18 regiões, previu que a fertilidade nos oceanos vai cair em quase todas as regiões do planeta até 2050 e a indústria da pesca será dominada por espécies menores, localizadas mais na base da cadeia alimentar.

O relatório foi divulgado enquanto enviados de quase 200 países se reúnem para um encontro da ONU em Nagoya, no Japão, com o objetivo de proteger e restaurar ecossistemas como florestas, recifes de coral e oceanos, que sustentam pessoas e economias.

As temperaturas da superfície dos oceanos podem subir até 2100 se não forem tomadas providências para diminuir os impactos das mudanças climáticas, afetando recifes de coral e outros organismos marinhos, informou o relatório.

Outra ameaça é o continuo aumento de níveis de nitrogênio, que pode causar elevação na quantidade de algas e levar ao envenenamento de peixes e outros animais marinhos.

"Serviços multimilionários, inclusive a indústria da pesca, o controle climático e os que sustentam indústrias como o turismo estão sob risco se os impactos ao ambiente marinho continuarem incontrolados e sem diminuição", afirmou Achim Steiner, chefe do Programa Ambiental da ONU, em comunicado.

"Este relatório global, baseado em 18 relatórios regionais, ressalta que as ambições e ações precisam, neste momento, igualar a escala e a urgência do desafio."

Relatórios regionais esboçaram medidas que podem ser adotadas por políticos, com o estudo do Pacífico-Noroeste, que cobre China, Japão, Coreia do Sul e Rússia, pedindo maior controle da água de lastro dos navios e da quantidade de peixes.

A água de lastro dos navios pode ser prejudicial aos oceanos por transportar espécies marinhas invasivas para outras regiões, podendo causar um aumento na extinção da vida marinha nativa, informou o relatório global.



(Reportagem de Chisa Fujioka)


fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/reuters/2010/10/19/poluicao-e-clima-ameacam-ecossistemas-marinhos-diz-onu.jhtm

sábado, 30 de outubro de 2010

Emissões brasileiras de gases estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005

Por Luana Lourenço e Yara Aquino,


As emissões brasileiras de gases de efeito estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005, passando de 1,4 gigatoneladas para 2,192 gigatoneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente (medida que considera todos os gases de efeito estufa). O número foi apresentado hoje (26) pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, durante a reunião anual do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.


O novo inventário nacional de emissões será apresentado à Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas antes da próxima Conferência das Partes (COP), em novembro, em Cancún, no México. O balanço faz parte da Segunda Comunicação Nacional à Convenção – um relatório do que o Brasil tem feito para mitigar as causas e atenuar os impactos do aquecimento global.

O inventário anterior trazia os dados de 1990 a 1994. Para este ano, o compromisso assumido com a ONU era apresentar dados até 2000. Mas o governo brasileiro decidiu avançar e agregar números até 2005.

O desmatamento ainda é o principal vilão das emissões nacionais de gases de efeito estufa. O setor de mudança no uso da terra e florestas é responsável por 61% do total de emissões. A agricultura aparece em seguida, com 19% das emissões nacionais e o setor de energia é responsável por outros 15%.

O inventário também contabiliza emissões da indústria e do tratamento de resíduos, responsáveis por 3% e 2% do total nacional, respectivamente.

Rezende também apresentou uma estimativa das emissões brasileiras em 2009, que não será levada à ONU. Pelos cálculos, no ano passado, o Brasil teria emitido 1,775 gigatoneladas de CO2 equivalente, 33% a menos que em 2005. A queda, segundo o ministro, se deve principalmente à redução do desmatamento na Amazônia nos últimos anos, somada à manutenção do nível de crescimento de emissões nos outros setores.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Peças em jeans aliam sustentabilidade e conforto com novas tecnologias

Cada vez com mais preocupações ambientais, a indústria da moda cria produtos pensando nos princípios da sustentabilidade, mantendo tendências e o estilo da própria marca.


Nessa linha, a Tavex apresenta vários produtos pioneiros em tecnologias sustentáveis.

É o caso do Bio Denin, produtos em jeans produzidos com acabamento de algodão reciclado e feito exclusivamente com fibras e fios reaproveitados do seu próprio processo industrial. A fabricação utiliza ainda um amido natural no lugar de gomas sintéticas, proveniente do fatiamento da batata nas indústrias de batata-frita.

A Bio Denin trocou produtos sintéticos por orgânicos, ajudando o meio ambiente e as famílias que ajudam na produção (Foto: Divulgação)

O acabamento das peças foi desenvolvido a partir da manteiga de cupuaçu em substituição aos amaciantes sintéticos. O consumo promove a responsabilidade social por meio do apoio ao desenvolvimento das comunidades locais da Amazônia. No total, 700 famílias são beneficiadas por este projeto. Além do Bio Denim, cerca de 75% dos denins produzidos pela Tavex já recebem o acabamento.

Para as próximas coleções a marca lança o Denin Therapy, que é um jeans que incorpora no tecido a tecnologia de biocerâmica.

A biocerâmica consiste em uma combinação de vários óxidos metálicos que, depois de aquecidos, adquirem a propriedade de captar os raios de sol e o calor do corpo e convertê-los em raios infravermelhos. O corpo humano reage a este estímulo dilatando os vasos sanguíneos produzindo conforto térmico e a sensação de bem-estar.

Aplicado no denim, a tecnologia aumenta a temperatura do corpo e auxilia na ativação da circulação sanguínea, além de melhorar a eliminação de toxinas, aumentar a energia corporal, facilitar as trocas celulares e produzir uma melhor oxigenação e senso de equilíbrio.

Outras marcas que apresentam produtos jeans sustentáveis são a Tristar, a Diesel com a linha Pure Organic, a Levi’s com a linha Levi’s Eco e a Index.

 
 
fonte: http://atitudesustentavel.uol.com.br/blog/2010/08/06/pecas-em-jeans-aliam-sustentabilidade-e-conforto-com-novas-tecnologias/